Caso Kiss: STF rejeita recursos contra condenações e prisões de réus de réus por incêndio com 242 mortes no RS

Decisão foi unânime. Defesas de três réus entraram com recurso para tentar anular a decisão da Justiça, mas ministro Dias Toffoli entende que advogados te...

Caso Kiss: STF rejeita recursos contra condenações e prisões de réus de réus por incêndio com 242 mortes no RS
Caso Kiss: STF rejeita recursos contra condenações e prisões de réus de réus por incêndio com 242 mortes no RS (Foto: Reprodução)

Decisão foi unânime. Defesas de três réus entraram com recurso para tentar anular a decisão da Justiça, mas ministro Dias Toffoli entende que advogados tentam "provocar a rediscussão da causa, fim para o qual não se presta o recurso". Júri da Kiss: réus Reprodução/TJ-RS A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, por unanimidade, os recursos de advogados que questionavam a decisão que confirmou as condenações e manteve as prisões dos réus pelo incêndio na boate Kiss, tragédia que matou 242 pessoas em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, em 2013. Os quatro permanecem presos. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Questionaram a decisão por meio de recursos as defesas dos seguintes réus: Elissandro Callegaro Spohr, ex-sócio da boate Mauro Londero Hoffmann, ex-sócio da boate Marcelo de Jesus dos Santos, ex-vocalista da banda Gurizada Fandangueira Ao g1, o advogado que defende Spohr disse que vai conversar com o cliente para "para definir os próximos passos". Já a defesa de Marcelo de Jesus afirma que "aguarda a remessa dos autos para o TJRS, para que prossiga o julgamento do Recurso de Apelação onde será examinado o mérito". Leia manifestação completa abaixo. A defesa de Mauro Londero Hoffmann não respondeu. O espaço segue aberto. O ministro Dias Toffoli, relator do caso, entendeu que as defesas tentam "provocar a rediscussão da causa, fim para o qual não se presta o presente recurso". Os ministros Edson Fachin, Nunes Marques, Gilmar Mendes e André Mendonça acompanharam o voto do relator. De acordo com a jurisprudência da Corte, os embargos de declaração se prestam para as hipóteses do artigo 337 do Regimento Interno, e não para a rediscussão dos fundamentos do acórdão embargado. Em fevereiro deste ano, os ministros do colegiado julgaram, no plenário virtual, recursos das defesas contra uma ordem de Dias Toffoli que acolhia recursos, retomava a validade do júri e ordenava as prisões. Foram três votos a favor e dois contra pela confirmação das condenações e manutenção das prisões. Relembre. Com isso, os condenados permanecem presos. São eles: Ex-sócio Elissandro Spohr: condenado a 22 anos e 6 meses Ex-sócio Mauro Hoffman: 19 anos e 6 meses Vocalista da banda Marcelo de Jesus dos Santos: 18 anos Auxiliar da banda Luciano Bonilha: 18 anos A defesa de Luciano Bonilha se manifestou, afirmando que irá "aguardar o julgamento do mérito no tribunal e também as penas". 'Apenas lutamos para que a Justiça prevalecesse', diz pai de vítima sobre julgamento Condenações e prisões mantidas Em fevereiro, o colegiado analisou recursos das defesas dos condenados contra a ordem do ministro Dias Toffoli. Em agosto de 2022, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o julgamento do caso, alegando irregularidades (relembre o caso). Boate Kiss: entenda em 5 pontos por que o júri foi anulado pela justiça do RS Na decisão de setembro do ano passado, Toffoli acatou os recursos apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, declarando que os argumentos das defesas são "insuficientes para modificar a decisão ora agravada". O voto de Toffoli voto foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Gilmar Mendes. Já o ministro André Mendonça votou contra, assim como o ministro Nunes Marques. O caso O incêndio na boate Kiss aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Ele causou as mortes de 242 pessoas e feriu outras 636. A maioria das vítimas que morreram por asfixia após inalar a fumaça tóxica gerada quando o fogo atingiu a espuma que revestia o teto do palco, onde a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Um artefato pirotécnico usado por um dos membros da banda teria dado início ao fogo. Nota da defesa de Marcelo de Jesus "A Defesa de Marcelo de Jesus recebe a decisão do STF com muita tristeza, porque se distanciou de sua competência analisando matéria infraconstitucional, mas com o devido respeito, e aguarda a remessa dos autos para o TJRS, para que prossiga o julgamento do Recurso de Apelação onde será examinado o mérito. Seguimos sempre em busca de justiça". VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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